Trump e a Rússia
Por Rodrigo da Silva
Muita gente me pergunta se o governo Trump entregará a Ucrânia de bandeja para Vladimir Putin.
Passei muito tempo da minha vida pesquisando sobre a relação de Trump com a Rússia – o que inclui escrever um livro a respeito que já me consumiu, até aqui, mais de um ano de trabalho, 500 páginas e mais de 1.600 fontes anexadas. Não faço a menor ideia de quantas horas já dediquei a esse assunto.
Se é humanamente impossível ler tudo o que já foi produzido a respeito desse tema, certamente consumi boa parte do que há de mais relevante sobre ele – livros, relatórios de inteligência, documentos oficiais, depoimentos de ex-assessores e ex-secretários, reportagens, documentários, papers, gravações.
Tendo acessado tudo isso, o que posso dizer sobre a possibilidade de Trump entregar a Ucrânia de bandeja para Putin é um imenso: “talvez”.
Não tenho qualquer dúvida razoável que a Rússia enxerga Trump como um asset e que há quase 40 anos – desde que ele visitou a União Soviética em julho de 1987, numa viagem paga pelo KGB, a convite do estado russo – Trump defende sistematicamente uma visão de política externa que corresponde ao que Moscou almeja para os Estados Unidos.
Nem eu tenho essa dúvida, nem o republicano Dan Coats, o Diretor de Inteligência Nacional do governo Trump, que admite que tinha que lidar com esse paradoxo enquanto exercia a função de chefe executivo da Comunidade de Inteligência dos Estados Unidos: trabalhar para Donald Trump, liderando a inteligência americana, tendo a certeza “que Trump havia escolhido jogar no lado sombrio” (e essas aspas não são minhas).
Também não tenho qualquer dúvida razoável que Trump está cercado de russófilos – literalmente dezenas deles foram processados nos últimos anos, muitos condenados pela Justiça americana pelos vínculos com a Rússia – e que recebeu um apoio avassalador do Kremlin para ser eleito presidente em 2016, 2020 e 2024, online e offline (incluindo 67 ameaças de bomba em locais de votação tradicionalmente democratas em swing states, na semana passada).
Li tantos relatórios de inteligência a respeito e ainda consigo me surpreender com a quantidade de gente que acredita piamente que essa história é um hoax criado pelos democratas. Repito: não há dúvida razoável na inteligência americana (e de outros países) sobre esses capítulos. Trump sempre foi o candidato favorito de Putin (como Putin admitiu em 2018) e explorou esse cenário para ser eleito.
Mas apesar de todo esse vínculo, o que posso assumir sobre o primeiro governo Trump – da perspectiva administrativa – é que, antes de ser anti ou pró-Rússia, foi completamente caótico e incoerente. Trump foi admitidamente boicotado pelo seu próprio gabinete. Há mais de mil episódios em que o presidente foi descrito, por aqueles que trabalhavam com ele em Washington, como uma criança mimada (se você tem dúvida, recomendo dar uma olhada no livro “The Toddler in Chief”, do cientista político americano Daniel W. Drezner).
Em um determinado momento, algumas figuras importantes do governo Trump simplesmente pararam de ouvir o que ele tinha a dizer. Tanto o Secretário de Defesa, James Mattis, quanto o Chefe de Gabinete da Casa Branca, John Kelly, admitiram que viam o seu trabalho como o de uma “babá” de Trump.
Miles Taylor, o Chefe de Gabinete do Departamento de Segurança Interna do governo Trump, chegou a escrever um artigo para o New York Times (publicado de forma anônima na época; a sua identidade foi revelada tempos depois) com o título “Eu faço parte da resistência dentro do governo Trump”. O artigo revelou como um grupo de funcionários do alto escalão do governo lutava para tentar proteger o governo Trump da sua maior ameaça: o próprio Donald Trump.
Não surpreende que, dos 42 membros do gabinete do primeiro governo Trump, apenas 24 tenham anunciado publicamente o apoio a ele nessa eleição – e alguns fizeram isso por conveniência. Mesmo o propagandista Tucker Carlson já disse que odeia Trump “profundamente”, que “não aguentava” lidar com ele e que “não há realmente uma coisa positiva em Trump” (esse conteúdo, escrito por Carlson em mensagens de texto privadas, foi aberto ao público num processo judicial, em 2023).
É aí que quero chegar à Ucrânia.
Se nós considerarmos a campanha presidencial, é fácil acreditar que os ucranianos estão realmente em maus lençóis (e isso para não usar aquela palavrinha que começa com f).
Trump criticou Zelensky inúmeras vezes em público, enquanto elogiou Vladimir Putin. Ele também disse que não daria mais um dólar furado para os ucranianos defenderem o seu território. E é fácil acreditar nessas ameaças: em 2019, Trump teve um impeachment aprovado na Câmara dos Representantes por reter recursos estabelecidos pelo Congresso americano para a proteção da Ucrânia (ele se tornou apenas o terceiro presidente da história a ter um impeachment aprovado).
No auge da campanha, JD Vance – o seu vice – revelou que o “plano de paz” de Trump para a guerra na Ucrânia seria permitir que a Rússia mantivesse todo o território ucraniano que Moscou ocupava, e que a Ucrânia entregasse ao Kremlin uma garantia de que jamais se juntaria à OTAN ou a qualquer outra “instituição aliada”, como a União Europeia. Vance também insinuou que cabia à Europa reconstruir a Ucrânia, e não a Rússia.
Pouco antes dessa declaração, Putin havia feito a mesmíssima “proposta de paz”.
De fato, as negociações de Trump com a Ucrânia já começaram. E as primeiras notícias também não foram animadoras. Zelensky conversou com Trump na semana passada, e teve que lidar com a participação de Elon Musk na negociação (Musk já fez inúmeras críticas ao presidente ucraniano no X, e tem uma linha de contato estabelecida com Putin há muito tempo). Nessa primeira semana pós-eleição, a União Europeia também se mostrou bastante pessimista com a continuação dos Estados Unidos no conflito.
O Wall Street Journal (que endossou o voto em Trump nessa eleição) diz que, nesse momento, há diferentes correntes em Washington disputando espaço para pressionar Donald Trump sobre a questão ucraniana. Mas segundo o jornal, independente do grupo de pressão, “todas as propostas rompem com a abordagem de Biden de deixar Kyiv ditar quando as negociações de paz devem começar. No lugar disso, elas recomendam congelar a guerra – consolidando a tomada de cerca de 20% da Ucrânia pela Rússia – forçando a Ucrânia a suspender temporariamente a sua busca para se juntar à OTAN”.
Nesse plano, o território ucraniano sob controle russo ficaria sob controle russo, e ambos os lados concordariam com uma zona desmilitarizada de mais de 1.200 quilômetros.
Esse é, de fato, um plano tenebroso para a segurança do Ocidente no médio prazo, e daria a vitória do conflito para a Rússia.
Não impressiona que, assim que Trump foi eleito, Dimitri Medvedev, ex-presidente (e ex-primeiro-ministro) da Rússia, vice-presidente do Conselho de Segurança, figura leal a Putin há décadas, tenha comemorado a sua vitória no X:
“Kamala está acabada… Deixe-a continuar rindo de forma contagiante. Os objetivos da Operação Militar Especial permanecem inalterados e serão alcançados.”
Aleksandr Dugin também comemorou a vitória no X:
“Então nós vencemos. Isso é decisivo. O mundo nunca mais será como antes. Os globalistas perderam o seu combate final. O futuro está finalmente aberto. Estou muito feliz.”
Quando você olha para todo esse cenário, é muito difícil não pensar que a Ucrânia será abandonada. É o que muita gente pensa nesse momento – e as chances disso acontecer, de fato, são imensas. Basta ouvir o que essas pessoas dizem. Se Dugin está feliz, o Ocidente coletivo está mal.
Mas existe alguma possibilidade de Trump não oferecer a Kyiv um pretenso “acordo de paz” que entregue território ucraniano para a Rússia? Talvez.
E há dois motivos que me fazem sustentar esse “talvez”.
Sobre o primeiro, vou copiar as palavras que usei no livro:
“A relação entre o presidente dos Estados Unidos e o establishment burocrático, sobretudo no campo da política externa e da segurança nacional, possui uma dinâmica bastante complexa. Embora o presidente tenha a palavra final em muitas decisões, ele não governa sozinho. O sistema de governança dos Estados Unidos é projetado para impedir que o presidente tenha o controle absoluto sobre a política do país.
Ainda que o presidente seja o comandante em chefe e tome inúmeras decisões importantes, ele precisa operar dentro de um sistema onde os burocratas de carreira (do Departamento de Estado, do Departamento de Defesa, etc), o Congresso, o Judiciário e as agências federais (CIA, FBI, NSA, DIA, INR, etc) possuem graus significativos de poder e autonomia.
Esse sistema pode, de diferentes maneiras, influenciar e até restringir a implementação das políticas de um governo. E isso, com o tempo, pode provocar um clima de tensão entre o presidente e esses burocratas.
Foi o que aconteceu no governo Trump. Desde que foi eleito pela primeira vez, os trumpistas escancaram uma ‘guerra’ entre o republicano e o que eles chamam de deep state (o ‘estado profundo’).
Já nos seus primeiros meses de governo, Trump acusou o sistema político americano de diminuir o seu poder e, com isso, corromper a democracia. Ele diz ter sido vítima de uma grande conspiração envolvendo a imprensa e as elites burocráticas e econômicas para reduzir o seu papel de presidente.”
Inúmeras decisões que Trump tomou no seu primeiro governo – inclusive contrárias à Rússia (de sanções a expulsão de diplomatas) – o fez admitidamente a contragosto, por pressão do Departamento de Defesa, do Departamento de Estado, das agências de inteligência, do Congresso e do Conselho de Segurança Nacional. Há farto material disponível sobre esses episódios, com dezenas de declarações públicas (inclusive do próprio Donald Trump).
Nós não sabemos como se desenvolverá este cabo de guerra em seu segundo mandato. É verdade que entre janeiro de 2023 e abril de 2024, Trump fez 56 postagens na Truth Social, a sua rede social, sobre destruir o ‘deep state’ (e que em 9 dessas 56 postagens, expôs planos específicos sobre como fazer isso). Mas nós não sabemos se isso acontecerá, e como acontecerá – nem o grau de influência que o establishment político-militar americano terá à disposição para (mais uma vez) impor limites às decisões do presidente eleito.
Nós também não podemos nos enganar com a maioria republicana no Congresso. O Congresso é lento e muitos republicanos são, de fato, conservadores, comprometidos com as mesmas bandeiras do establishment. Eles também pressionarão Trump contra qualquer posição excessivamente heterodoxa (por exemplo: a saída da OTAN, que não é uma decisão unilateral do presidente).
E esse não é o único motivo para sustentar o meu esquálido “talvez”.
Eu também estou convencido que a relação de Trump com os russos seja de conveniência. Por muito tempo (sobretudo quando estava completamente falido, devendo dinheiro para mais de 70 instituições financeiras) Trump fez fortuna com os russos. Ele também contou com o apoio da comunidade de inteligência da Rússia para ser eleito presidente. Mas Donald nunca foi um sujeito conhecido pela lealdade – nem às pessoas mais próximas da sua família; nem ao seu mestre, Roy Cohn. Trump exige lealdade de todos que trabalham à sua volta (como tantos ex-funcionários o acusam, inclusive o ex-diretor do FBI, James Comey, legalmente limitado pelo cargo de ter relações de proximidade com o presidente), mas é incapaz de oferecer o mesmo a quem quer que seja. E isso talvez inclua Vladimir Putin.
Talvez.
Na semana passada, Trump alcançou o topo do mundo pela segunda vez – uma posição que legalmente ele não voltará a alcançar assim que sair. Na prática, ele não precisa mais de qualquer apoio russo. Nós estamos falando de um bilionário que comanda o maior exército da história da humanidade, e tem o apoio irrestrito de uma massa de fiéis que, segundo ele, não deixariam de apoiá-lo mesmo que ele atirasse em alguém na 5ª Avenida.
O primeiro recruta da inteligência russa que se tem notícia na política americana foi um congressista democrata chamado Samuel Dickstein (codinome “Crook”), eleito por Nova York para a Câmara dos Representantes de 1923 a 1945.
Dickstein estava na folha de pagamento da NKVD soviética enquanto proferia discursos a favor de Moscou no Congresso americano. Mas como revelam os arquivos da inteligência soviética, ele não era um ideólogo marxista: era um sujeito que encontrou em Moscou a possibilidade de ganhar dinheiro fácil.
De acordo com o historiador Allen Weinstein, que chefiou o arquivo nacional americano nos anos 2000, não há indícios que Dickstein tenha fornecido inteligência útil aos soviéticos. Na verdade, como apontam os próprios relatórios soviéticos, há boas indicações de que ele apenas usou Moscou para melhorar a sua posição pessoal.
Acredite: isso é muito comum. E isso também é bastante compatível com a personalidade de Donald Trump. Por isso o "talvez".
Quão heterodoxo será o próximo governo americano em matéria de política externa? Nesse momento, ao mesmo tempo em que diferentes atores do trumpismo estão sinalizando publicamente apoio às pautas da Rússia (como Donald Trump Jr ridicularizando Zelensky no Instagram, dizendo que a “mesada” para a Ucrânia acabará em breve; ou Elon Musk publicando compulsivamente propaganda russa no X), Trump parece ter escolhido dois falcões, ligados ao establishment em Washington, para atuarem como Secretário de Estado e Conselheiro de Segurança Nacional em seu segundo mandato – são eles: Marco Rubio e Michael Waltz (o nome de Rubio ainda não está confirmado e há chance de Trump mudar de ideia – a informação é do New York Times).
É verdade que Rubio e Waltz são falcões contra a China e o Irã (os dois votaram contra projetos de lei de apoio financeiro à Ucrânia no Congresso, e defendem um acordo de terra por paz no conflito). A imprensa ucraniana está bastante pessimista com o trabalho dos dois no futuro governo. Mas dentro dos nomes ventilados para esses cargos nos últimos dias, o cenário poderia ser muito pior. Esses são atores políticos que não defendem um rompimento dos Estados Unidos com a manutenção da ordem internacional, não pertencem ao círculo de influência do Kremlin e estão bastante sujeitos à pressão do complexo militar americano. Por isso, muitos trumpistas condenaram essas escolhas nas últimas horas. Jackson Hinkle chegou a dizer que Trump traiu o movimento MAGA ao dar poder a “deep staters”. Glenn Greenwald (sim, ele mesmo) também criticou a escolha (conteúdo censurado a pedido dos meus advogados).
A Rússia também parece incomodada com essas posições.
Há poucos dias, o maior canal de tv da Rússia (que é estatal) publicou fotografias da primeira dama, Melania Trump, completamente nua, no horário nobre, numa postura bastante intimidadora e constrangedora para Donald Trump. As imagens circularam o mundo.
Ontem, Nikolai Patrushev, assessor de Vladimir Putin, ex-diretor do FSB (o serviço de inteligência que Putin dirigia antes de virar primeiro-ministro/presidente), concedeu uma entrevista – publicada pela TASS, a agência estatal de notícias da Rússia – em que foi provocado a responder sobre a posição de “alguns especialistas nos Estados Unidos” que “sugerem que uma forte influência e pressão podem ser exercidas sobre Donald Trump para que as suas ações não divirjam dos planos das elites americanas, principalmente do chamado estado profundo”. A sua resposta foi:
“Você tocou em um assunto urgente. Temos conhecimento de dois casos de atentados contra a sua vida durante a campanha eleitoral. Em geral, ao longo da história dos Estados Unidos, foram feitos atentados regularmente contra a vida de presidentes e candidatos - mais de 20 vezes. Quatro presidentes dos Estados Unidos foram mortos por assassinos enquanto estavam no cargo. Portanto, é extremamente importante que as agências de inteligência dos Estados Unidos evitem que tais casos voltem a ocorrer.”
Mas essa não foi a declaração de Patrushev que mais chamou a atenção na entrevista. Quando provocado a responder se “a próxima mudança de poder nos Estados Unidos trará mudanças positivas do ponto de vista da Rússia”, o assessor de Vladimir Putin cobrou Donald Trump publicamente, recorrendo a uma linguagem muito peculiar dos mafiosos:
“Para obter sucesso na eleição, Donald Trump confiou em certas forças com as quais ele tem obrigações correspondentes. Como uma pessoa responsável, ele será obrigado a cumpri-las".
Quais são essas forças a que o assessor de Putin se refere que Trump recorreu “para obter sucesso na eleição”? Por que Trump será “obrigado a cumprir” com as suas obrigações? Quais “obrigações”?
Talvez haja algo de podre no reino da Dinamarca. Talvez Donald Trump não cumpra com o seu dever com as “certas forças com as quais ele tem obrigações correspondentes”.
Mais uma vez, um imenso talvez.
Nós descobriremos essa resposta nas próximas semanas.
Outra questão muito comum que leio é sobre como os democratas lidam com o conflito na Ucrânia. E essa resposta é mais fácil do que parece: muito mal.
Se Kamala Harris seguisse a política de Biden no leste da Europa, essa não seria uma boa notícia para a segurança do continente.
Nos últimos anos, o apoio do governo americano à Ucrânia foi, no mínimo, frágil e melindroso, sempre cuidadosamente disposto a recuar em frente a qualquer ameaça russa. Os democratas pareceram levar muito mais a sério as ameaças de Putin, do que os planos de Zelensky. E Putin navega a braçadas num cenário como esse.
A história lembrará as tentativas de Biden de não escalar o conflito com Moscou como uma fraqueza do país com o exército mais poderoso do mundo – e acima disso: uma posição que não foi capaz de melhorar a segurança da região.
Também acredito que Biden deva ser criticado pela postura excessivamente reativa nesse conflito – de não permitir à Ucrânia uma posição proativa contra a Rússia (incluindo adotar uma estratégia de concentrar a Zelensky o fornecimento de armas de defesa, no lugar de sistemas de maior alcance). Em diferentes ocasiões, o governo americano também pecou pela lentidão na resolução de problemas num ambiente altamente estressante, que não perdoa morosidade.
No fim, esse excesso de zelo apenas colaborou para melhorar o status russo.
Os dois líderes políticos que eu gostaria de ver assumindo o protagonismo do apoio à Ucrânia são: Andrzej Duda, presidente da Polônia, e o alemão Friedrich Merz.
Eu espero que a União Europeia tenha a sabedoria de indicar Duda para negociar com Trump sobre o conflito nos próximos dias, e não delegue esse papel a Emmanuel Macron. Nesse momento, Duda merece estar à frente da liderança do apoio à Ucrânia no continente. Além da habilidade para proteger os interesses da União Europeia nesse conflito (ao lado da estoniana Kaja Kallas), o presidente polonês é amigo de Trump (segundo o próprio Trump) e uma figura que muitos acreditam poder ter a capacidade de aproximar o presidente eleito americano de Zelensky.
Merz não é o chanceler alemão. Quem ocupa esse papel no momento é o fraquíssimo Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata da Alemanha. Mas o governo Scholz colapsou e uma eleição provavelmente será marcada para fevereiro. Friedrich Merz é o líder da CDU (o partido de Angela Merkel) e será o chanceler alemão caso a centro-direita consiga aglutinar o apoio da população alemã contra a direita radical (a CDU lidera as pesquisas de opinião no momento; a AfD está em segundo).
Merz declarou nessa semana que, caso assuma a chancelaria alemã, dará um prazo de 24 horas para a Rússia encerrar a guerra. Caso essa demanda não seja atendida, ele entregará mísseis de longo alcance para a Ucrânia; uma permissão que dará à Ucrânia a condição de realizar ataques bem mais agressivos em território russo.
Os ucranianos definitivamente precisam mais do apoio de líderes como Duda e Merz, do que de líderes como Joe Biden.
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