Novos tempos (ou não)

Por Padre Paulo Ricardo


Quando olhamos para a situação atual da Igreja, temos a impressão de estar diante de um cenário de guerra, marcado por destruição, incerteza e medo. Humanamente falando, o que vemos é desolador:


→ As verdades de fé, pelas quais os santos e mártires deram a vida, sendo tratadas como meras opiniões ultrapassadas. 
→ Um silêncio ensurdecedor acerca da necessidade de conversão e de abandono do pecado. 
→ A distorção dos conceitos de amor e misericórdia, como forma de relativizar o pecado e suas consequências para a alma. 
→ Uma constante preocupação com temas totalmente alheios à missão da Igreja, em detrimento do zelo pela salvação das almas. 
→ Uma visão imanente de Igreja, inclusive submetendo-a à ação de organismos internacionais anticristãos, que, por sua vez, aproveitam para impor suas pautas dentro da Igreja. 
→ A substituição da coerência teológica por um espontaneísmo argumentativo, que trata de temas complexos como quem, de forma inconsequente, “joga conversa fora” num bar.


Enfim, são inúmeros os acontecimentos que preocupam os católicos, desde simples fiéis até renomados teólogos. Visivelmente, esses episódios funcionam como verdadeiras estratégias (humanas e/ou demoníacas) para minar o edifício espiritual da Igreja.


Porém, os que tanto se esforçam por concretizar esse projeto de implodir a Igreja de sempre, com frequência se esquecem — talvez até por falta de fé — que estão lutando contra a própria Providência divina, que jamais abandona a sua Igreja. Podem vir tempestades devastadoras, mas a barca de Pedro não irá naufragar, mesmo que fique cheia de avarias.


Como, então, manter viva a nossa esperança diante de tudo isso?


Assim como fez com os Apóstolos em alto-mar, Nosso Senhor parece estar dormindo… Mas, será mesmo que é assim? Ou somos nós que não queremos ver, interpretar e abraçar determinados sinais que Ele nos deu nestes tempos difíceis?

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