Fundo do poço

As declarações de uma fugitiva do regime ditatorial norte-coreano sobre sua experiência universitária nos EUA mostram bem o ovo da serpente que se tornou o ambiente acadêmico americano.

Em entrevista reveladora à Fox News, Yeonmi Park disse que a sociedade americana perdeu o bom senso “a um ponto em que eu, como norte-coreana, não consigo compreender.”

“Eu esperava gastar toda essa fortuna, todo esse tempo e energia para aprender a pensar. Mas eles estão forçando você a pensar da maneira que eles querem que você pense”, disse Park, descrevendo a situação como loucura. “Achei que a América fosse diferente, mas vi tantas semelhanças com o que vi na Coreia do Norte que comecei a me preocupar.”

Durante a entrevista, Parks contou que foi repreendida por uma orientadora da universidade simplesmente por dizer que gostava de literatura clássica. “Achei que era uma coisa boa. Mas ela me disse ‘você sabe que estes escritores tem uma mentalidade colonial? Eles eram racistas e intolerantes e estão subconscientemente fazendo uma lavagem cerebral em você’.”

Outro ponto que deixou a estudante confusa foi a imposição da tal linguagem neutra. “Às vezes ainda digo ‘ele’ ou ‘ela’ por engano, mas eles querem que eu use ‘eles’ no lugar. Como posso incorporar isto às minhas frases?”, indaga. “Parece a regressão da civilização.”

A única forma de conseguir se formar, segundo a norte-coreana, foi se calar e parar de discutir tanta loucura com seus colegas e professores.

Suas críticas mais severas foram com a juventude “woke”, a geração que se sente “oprimida”: “Essas crianças vivem falando das injustiças que sofreram. Não sabem como é difícil ser livre.”

Tendo vivido na pele opressão real, testemunhando tamanha lavagem cerebral que a academia está fazendo na sociedade americana, Park se sente desesperançosa.

“Para onde vamos a partir daqui? Não há estado de direito, não há moralidade, não existe diferença entre o bem e o mal, é o caos completo. Acho que isso é o que eles querem, destruir tudo e reconstruir em um paraíso comunista.”

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