O lixo e o processo
A mídia e os formadores de opinião, aqui e acolá, estão em polvorosa com o desfecho do "julgamento do século": Johnny Depp vs Amber Heard.
O choro estridente dos militantes de redação e das cátedras universitárias pode ser ouvido nos quatro cantos do mundo.
O midiático mas correto processo trouxe a verdade, segundo provas robustas que apontaram para graves indícios de difamação (vide os vídeos e imagens de agressões, todos manipulados pela condenada; sem falar nas conversas e mensagens tiradas de contexto).
Mas o resultado processual não foi aquele esperado pelos militantes. Para eles, a mulher é sempre vítima. Mesmo quando provada a difamação, não faltaram artigos que ainda quiseram culpabilizar o inocente e apontar a agressora como sujeito passivo de um sistema perverso.
O devido processo venceu. Os ideólogos devem se curvar ao Estado de Direito, sem o qual voltamos ao tempo das cavernas (precisamente, é isso que eles querem, com seus peremptórios linchamentos virtuais).
Para além disso, o julgamento mostrou o seguinte: a opressão, a violência e o desequilíbrio são universais, e não estruturais. O mal existe independentemente de estruturas socialmente construídas. Simples assim.
Em suma, todos ganham com o epílogo da lide, diferentemente do que dizem por aí. Os abusadores já sofrem com o peso da lei. Mas os difamadores, que se baseiam nas novas ideologias para esconder seus desvios de caráter, pensarão duas vezes antes de acusar injustamente outrem.
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