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Mostrando postagens de maio, 2024

O STF está exportando impunidade

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Como é que alguém investe no Brasil?

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  A estratégia do Governo de arrecadar mais “por meio de mudança de regrinhas e contenciosos tributários” é muito ruim para o ambiente de negócios do País, diz o economista Marcos Lisboa. “Gera uma incerteza que contamina o investimento.” Em uma longa conversa com o Brazil Journal (https://www.instagram.com/braziljournal/) sobre a conjuntura brasileira, Lisboa detalhou as fragilidades do arcabouço fiscal diante da rigidez das despesas obrigatórias e das indexações dos gastos com saúde e educação. “Paradoxalmente, quanto maior a receita, mais inconsistente será o arcabouço,” disse Lisboa. “Então, do ponto de vista macro, como é que alguém investe? Será que os gastos do Governo vão continuar crescendo? Será com aumento de receita? Vai ter in ação? Isso prejudica o ambiente de negócios, prejudica o investimento, prejudica o crescimento econômico.” Para Lisboa, essa inconsistência fiscal se soma a um ambiente regulatório adverso, de governança frágil, com hiperjudicialização. “Esta...

O mercado fingiu que acreditava na responsabilidade fiscal do governo Lula. Chega de teatro ou será cúmplice na falência do país.

Por Mario Sabino Metrópoles 23/05/2024 Surpresa, surpresa, descobriram que o arcabouço fiscal era uma farsa lulista. Surpresa, surpresa, constataram que não haverá déficit zero nas contas do governo enquanto Lula for presidente da República. Surpresa, surpresa, era tudo mentira. Francamente, a quem essa gente — mercado, economistas, jornalistas especializados — acha que está enganando? Só se for a si própria. Todos eles, com as exceções de praxe, fingiram que acreditaram nas lorotas governamentais para jogar o problema mais para adiante, seja em nome da estabilidade política, seja para ter mais lucro individual. Só que o mais adiante não é tão longe assim. Nem mesmo os indicados pelo governo Lulapara o Banco Central ainda teimam em mostrar conforto com a situação fiscal de um governo que não corta despesas, só faz aumentar os gastos e não vai arrecadar o que projetou — fantasiosamente — para cobrir o buraco, porque o país continuará a ter crescimento econômico medíocre. Não é buraco, ...

Globo

 Por Leandro Narloch Eu cresci, como muitos brasileiros, assistindo Jornal Nacional e Jornal da Globo. Quando me mudei pra SP, percebi que assistir o JN me fazia matar as saudades de casa: ele era parte da normalidade, da rotina reconfortante da casa da minha mãe. Mas hoje, como muitos brasileiros, eu não suporto os jornais da Globo ou da GloboNews. Quem mudou? Provavelmente ambos, mas deixa eu tentar entender por que o jornalismo da Globo me irrita tanto. Um primeiro motivo é a confusão entre jornalismo e lição de moral. Os jornais da Globo não querem apenas "informar o Homer Simpson", mas catequizá-lo. Não dão apenas notícias como antigamente (é legal assistir programas antigos pra ver a diferença). Também defendem a moral e os bons costumes politicamente corretos da época. A reportagem sobre pessoas na praia durante a pandemia não informa apenas que há pessoas na praia durante a pandemia - o repórter tem que fazer uma cara exagerada e artificial de reprovação. Volta para o...

Para Gestapo federal, mostrar pessoas fazendo mais que os governos é intolerável

 Por J. R. Guzzo O grande problema com o fundo do poço, em matéria de coisa ruim, é que realmente não há um fundo para esse tipo de poço. O governo Lula, por exemplo, mostra aí a sua marca inconfundível: por pior que esteja, sempre pode piorar mais. As enchentes no Rio Grande do Sul são o cenário mais recente que encontraram para superar os seus próprios recordes de ruindade. Diante de uma das maiores tragédias que a população gaúcha já viveu, e da sua inépcia fundamental em tomar uma única medida útil em favor das vítimas, o governo revelou o que realmente o preocupa no momento: as fake news que descobre em cada postagem feita das redes sociais sobre sua incompetência. É realmente uma obsessão. Com mais de 100 mortos, um estado inteiro em agonia e um futuro apavorante para centenas de milhares de seres humanos, o Ministério da Justiça e a sua Polícia Federal armaram uma operação de guerra para investigar cidadãos que consideram suspeitos de divulgar “narrativas desinformativas” so...

O debate público e a imprensa

 Por Rodrigo da Silva Nós definitivamente experimentamos no Brasil uma crise no noticiário. Segundo o Reuters Institute, em 2015, 62% dos brasileiros confiavam na imprensa. Em 2023, esse número despencou para 43%. É uma queda muito rápida em muito pouco tempo. A Globo (TV Globo, GloboNews, G1) é a empresa de jornalismo com o maior índice de falta de confiança (31%). Quase um em cada três brasileiros não confia no trabalho do grupo. A mesma pesquisa diz que 41% dos brasileiros evitam o consumo de notícias e de conteúdo jornalístico – um número acima da média mundial, de 36%. Há um evidente aumento da falta de confiança do país com o trabalho da imprensa. E se dá para dizer que isso acontece, em parte, pelo aumento da polarização e da resistência que massas partidárias têm em encarar notícias que desagradam as suas visões ideológicas – e que há inúmeros jornalistas fundamentais para a saúde do debate público brasileiro – também dá pra sustentar que: 1) Parte dos nossos veículos não s...