O grito de independência do brasileiro

As eleições mais importantes da Nova República se aproximam, mas o que realmente está em jogo?


Os grandes problemas nacionais são conhecidos (ou deveriam ser). Há gigantescos gargalos estruturais, tanto na economia como nas finanças públicas. O próximo presidente deverá, imediatamente após eleito, tecer relações amistosas com as forças políticas constituídas e alcançar um consenso para sanar tais questões. A alternativa é a derrocada financeira do Estado e a estagnação do país na pobreza. Mas há, ainda, um outro conflito a ser superado: a independência moral e ética da sociedade brasileira frente ao establishment cultural.

Por muito tempo ficou a nossa sociedade refém da moral e dos costumes marxistas e de uma cultura que privilegia a destruição das principais instituições construídas ao longo dos séculos pela humanidade.  Estado de Direito, Democracia, Capitalismo, Família, Ética Judaico-Cristã, Filosofia Clássica. Todo o legado da civilização ocidental corre perigo de ser demolido por dentro, pela atuação de massas de justiceiros sociais inflamados pelo discurso da religião política do Século XXI, a religião pós-modernista ou neomarxista. Não só o Brasil corre perigo, mas, aqui, se deram os maiores estragos.

Décadas se passaram desde que o maior experimento de engenharia social do Ocidente começou. Inspirados por Marx, Gramsci, Marcuse, Derrida, dentre outros, os socialistas alcançaram a hegemonia cultural, notadamente na América Latina e no Brasil. Instalados nas principais instituições, corromperam as identidades nacionais em benefício de seu projeto político utópico. Em poucas décadas, produziu-se uma cultura feia, ressentida, odiosa, em que os conflitos internos são estimulados. Não há qualquer possibilidade, neste meio, de desenvolvimento nacional, somente de ódio e pobreza (econômica e humana).

A Venezuela ruiu no processo. O Brasil, país muito maior e diverso, conseguiu resistir. Mas as chagas do conflito ainda estão evidentes: há muito o que ser reconstruído e os inimigos ainda estão rondando por perto. Importante, portanto, entender que a grande batalha a ser travada está no cotidiano. Ocupar espaços, responder às narrativas delirantes da esquerda. Romper laços com aqueles que não querem ouvir e que demandam sujeição à sua ideologia. É um processo penoso, mas necessário.

Até pouco tempo atrás, faltava um norte às pessoas que lutavam contra o establishment e se viam desamparadas no dia-a-dia. Hoje, o conservadorismo liberal está renascendo, está mais organizado e tem resistido. Tornou-se a verdadeira contracultura e a coroação dessa investida será a eleição de Jair Bolsonaro. Será o grito de independência de todos aqueles que se sentem prisioneiros da cultura esquerdista. O grito de independência do cidadão comum frente ao cinismo, arrogância e falsidade da intelligentsia. A verdadeira vitória da ética eterna e imutável do homem e de sua autonomia contra todos aqueles que querem submetê-lo. O início da reconstrução moral da civilização brasileira. 

Mas não se deixem enganar: esta é apenas uma vitória numa árdua guerra. Ainda há muito por vir. 

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